A Escola Estadual Ricardo Genésio da Silva, localizada na zona sul de Osasco, tem enfrentado uma situação de extrema precariedade desde que foi alvo de vandalismo com o furto de sua fiação elétrica. Apesar do ocorrido, que comprometeu o fornecimento de energia, a unidade optou por manter suas atividades escolares, expondo alunos, professores e funcionários a condições insalubres e indignas de trabalho e aprendizado.
Nos últimos dois dias, a falta de energia elétrica impossibilitou o funcionamento de ventiladores e bebedouros, deixando alunos e professores sem acesso a água gelada em meio ao forte calor registrado em São Paulo. Relatos apontam que várias pessoas têm passado mal devido ao desconforto térmico e à dificuldade de se hidratar adequadamente. Ainda assim, nenhuma suspensão de aulas foi decretada pela direção da escola, em uma decisão que gerou revolta entre a comunidade escolar e questionamentos sobre a prioridade dada ao bem-estar dos estudantes.
Em suas redes sociais, a escola informou que a previsão para o retorno da energia seria até as 12h do dia 28 de novembro de 2024. No entanto, até o momento, o problema persiste, sem qualquer sinal de resolução imediata. A situação expõe falhas graves na gestão e no suporte à unidade por parte das autoridades responsáveis pela educação no estado, que parecem tratar o ocorrido como um problema secundário.
A decisão de manter as atividades escolares sob essas condições é no mínimo irresponsável. Colocar crianças, professores e funcionários em um ambiente insalubre, sem condições básicas como ventilação e acesso à água potável, demonstra negligência e falta de planejamento. É evidente que a segurança e o bem-estar da comunidade escolar não estão sendo priorizados, e isso reflete um problema estrutural que vai além deste episódio de vandalismo.
Essa situação levanta questões urgentes sobre a capacidade do governo estadual em garantir uma infraestrutura básica e um ambiente minimamente adequado para as escolas públicas. O caso da Escola Estadual Ricardo Genésio da Silva não é isolado, mas sim um reflexo das dificuldades enfrentadas por muitas instituições de ensino que sofrem com a falta de manutenção e investimentos.
O mínimo que se espera é que a Secretaria de Educação tome providências imediatas, tanto para restabelecer as condições adequadas de funcionamento da escola quanto para oferecer suporte à comunidade escolar que foi deixada à própria sorte. Mais do que isso, é necessário um compromisso efetivo com a valorização da educação pública, garantindo que eventos como este não se tornem rotina na vida de estudantes e educadores.
A escola é, ou deveria ser, um espaço de acolhimento, aprendizado e proteção, e não um local onde o descaso coloca em risco a saúde e a dignidade de todos.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Comunicação do Governo do Estado para obter esclarecimentos, a resposta foi enviada às 19h30 com posicionamento da Secretaria de Educação Estadual de Educação:
Questionamento feitos:
Segue uma lista de questionamentos direcionados à Secretaria Estadual de Educação de São Paulo, com base nos fatos relatados:
Por que as atividades escolares foram mantidas, mesmo com a falta de condições básicas como ventilação e acesso à água potável?
Qual é o protocolo da Secretaria para situações de emergência como esta?
Por que ele não foi aplicado neste caso?
Quais medidas emergenciais foram tomadas para minimizar os impactos da falta de energia elétrica na unidade escolar?
Existe algum plano de contingência para casos de furto de infraestrutura nas escolas estaduais?
Por que houve demora no restabelecimento da energia elétrica, mesmo com uma previsão inicial divulgada pela escola?
A Secretaria está acompanhando de perto o caso?
Houve dificuldade de coordenação entre a escola, a concessionária de energia e as autoridades locais?
Como a Secretaria avalia o impacto desta situação na saúde e no aprendizado de alunos e professores?
Há registro de alunos ou professores que necessitaram de atendimento médico devido às condições relatadas?
Que suporte a Secretaria oferece às escolas vítimas de vandalismo e furtos como o ocorrido na Escola Ricardo Genésio da Silva?
Existe algum programa específico para reforçar a segurança e prevenir episódios semelhantes?
A decisão de manter a escola aberta foi feita pela gestão escolar ou foi orientada pela Diretoria de Ensino ou pela própria Secretaria?
Caso a decisão tenha partido da gestão local, houve orientação ou respaldo por parte da Secretaria?
Haverá alguma medida compensatória para os dias letivos em que alunos e professores estiveram submetidos a essas condições inadequadas?
A Secretaria tem um levantamento do número de escolas que enfrentam problemas similares de infraestrutura e segurança?
Quais ações concretas estão sendo tomadas para prevenir novas ocorrências?
Quais investimentos estão previstos para a manutenção da infraestrutura das escolas públicas em Osasco e região?
Existe algum plano para modernizar e proteger sistemas críticos, como o de energia elétrica, em escolas estaduais?
A comunidade escolar será ouvida e consultada sobre as ações necessárias para evitar que situações como esta se repitam?
Como será garantida a transparência e a comunicação com alunos, pais e professores?
Resposta recebida às 19h30
Segue uma lista de questionamentos direcionados à Secretaria Estadual de Educaçã de A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) lamenta que a unidade escolar tenha sido vítima de furto. Assim que constatou o ocorrido, a direção escolar acionou as autoridades policiais e registrou o boletim de ocorrência. Técnicos já efetuaram os reparos internos necessários.
Dos recursos investidos em infraestrutura na região de Osasco, R$ 11 milhões foram destinados à cidade para a reforma de 26 escolas estaduais, compreendendo reforma de quadras, manejo arbóreo, revisão de coberturas, reparo em muros, substituição de pisos e revisão de instalações, entre outros serviços. Paulo, com base nos fatos relatados
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